domingo, 21 de outubro de 2007

Informações para o 1º teste

SUMÁRIO AULAS COM A MATÉRIA PARA O 1º TESTE – 22 OUTUBRO 2007


CIRCUITO ECONÓMICO

18/09 – Agentes económicos e funções.
Fluxos reais e monetários.
O circuito económico.

19/09 - Correcção do exercício1.
Exercícios.

24/09 – Equilíbrio entre recursos e empregos

25/08 – Conclusão.


CONTABILIDADE NACIONAL

27/09 – Noção de contabilidade nacional.

01/10 – Conceitos necessários à CN.

02/10 – Óptica do produto.
Métodos de cálculo do produto.

04/10 – Múltipla contagem.
Exercício CN3

08/10 – Produto bruto, produto líquido.
Produto interno e produto nacional.
Produto a custo de factores e produto a preços de mercado.
Produto a preços correntes e produtos a preços constantes.

09/10 – Óptica do produto (conclusão).

11/10 – Exercícios.


INFORMAÇÕES SOBRE O 1º TESTE

• Tem 10 questões de escolha múltipla.
• NÃO É necessária máquina de calcular.
• É necessário estudo.
• É necessária folha de teste para o realizar parcialmente.

Óptica do produto

3. CÁLCULO DO VALOR DA PRODUÇÃO PELA ÓPTICA DO PRODUTO

Ao calcular o valor da riqueza criada num país durante um ano há que ter em atenção o PROBLEMA da MÚLTIPLA CONTAGEM.

• Produzem-se bens aptos para o consumo final, mas produzem-se alguns que serão utilizados na produção de outros – BENS de CONSUMO INTERMÉDIO.

• Assim se ao calcular o valor da produção realizada considerarmos o valor de TODOS os bens produzidos por todas as empresas, cometeremos um erro – MÚLTIPLA CONTAGEM.


Para efectuar o cálculo do valor da produção, evitando a múltipla contagem, podemos utilizar dois métodos:

• Método dos produtos finais – apenas se considera o valor dos bens de consumo final.

• Método dos valores acrescentados – considera-se o somatório do valor acrescentado por cada uma das empresas que contribuem para a produção.

Valor Acrescentado = Valor Vendas – Valor Consumos Intermédios.


Exemplo:
Suponha que no país A para a produção e distribuição de batatas fritas intervêm 3 empresas.
• Cooperativa agrícola vende batatas por à fábrica por 10 000 um.
• A empresa que produz óleo alimentar vende à empresa de batatas fritas por 2 000 um
• A empresa de batatas fritas produz e comercializa o seu produto ao consumidor final por 18 000 um.

Método dos produtos finais
Considera-se o valor de 18 000 um correspondente ao valor da produção das batatas fritas. Bem de Consumo Final.

Método dos valores acrescentados:



EXERCÍCIO 3CN

I – Para empresa “A Sopinha” vender a sua sopa efectuam-se as seguintes operações (valores em unidades monetárias):

1. A empresa agrícola vende os legumes à “ A Sopinha” por 1 000
2. A empresa fornecedora de água vende-a:
2.1 à “A Sopinha” 100
2.2 à empresa agrícola 80
3. A empresa fornecedora de electricidade é fornecedora de :
3.1 “A Sopinha” 90
3.2 Empresa agrícola 60
4. “A Sopinha” venda as suas sopas a “Ceiaqui” por 1 500
5. “Ceiaqui” vendeu-as ao público por 2000

A - Determine o valor do produto pelo método dos valores acrescentados.
B - Determine o valor do produto pelo método dos produtos finais.


ALGUMAS NOÇÕES DE PRODUTO

PRODUTO BRUTO e PRODUTO LÍQUIDO

• Durante a produção utilizam-se bens de equipamento que se vão deteriorando.

• Quando se torna necessário substitui-los esse valor vai ter de sair da riqueza criada durante a produção para a qual eles contribuíram.

• Portanto, em cada período económico, a empresa deve retirar do valor da riqueza criada, um valor – AMORTIZAÇÃO ou CONSUMO de CAPITAL FIXO – equivalente ao desgaste sofrido pelo equipamento.

• A amortização pode ser calculada utilizando vários critérios:
. duração prevista do equipamento;
. número de unidades produzidas;
. etc

PORTANTO: O PRODUTO PODE SER CALCULADO
BRUTO OU LÍQUIDO.

PL = PRODUTO BRUTO – AMORTIZAÇÕES
Ou
PB = PRODUTO LÍQUIDO + AMORTIZAÇÕES

O somatório dos VAs dos 49 ramos é o PIBpm



PRODUTO INTERNO E PRODUTO NACIONAL
PARA O CÁLCULO DO PRODUTO PODE-SE CONSIDERAR TAMBÉM:

• CRITÉRIO TERRITORIAL
O somatório dos VA de unidades produtivas residentes no país independentemente dos factores produtivos pertencerem ou não a residentes – PRODUTO INTERNO, ou,

• CRITÉRIO de RESIDÊNCIA
O somatório dos VA de unidades produtivas de residentes independentemente do território económico onde foi gerada a riqueza – PRODUTO NACIONAL.

“O PI mede toda a riqueza criada pelo trabalho e capital nos limites da fronteira económica de um país, independentemente do local de residência do trabalhador ou dono do capital.
“O PN mede toda a produção realizada por residentes em Portugal, independentemente do local onde habitam ou detêm o capital.” Anderson, L., Enciclopédia da Economia (adaptado)

Se ao PI:

• Adicionarmos os rendimentos provenientes do Resto do Mundo resultantes da remuneração de factores produtivos residentes - RRRM,
• e
• Deduzirmos o valor dos rendimentos provenientes da remuneração de factores produtivos não residentes – RERM,

Obtemos o PN.

RRRM - RERM = Saldo Rendimentos Resto do Mundo.


Exemplo, supondo o valor criado por:
1. Empresa residente em Portugal e de portugueses = PN e PI português.
2. Empresa sita em Portugal, mas de americanos = PN americano e PI
português.
3. Empresa sita nos USA, mas de portugueses= PN português e PI americano


PRODUTO NACIONAL = PI + RRRM – RERM
PRODUTO INTERNO = PN - RRRM + RERM

PN = PI + SRRM
PI = PN –SRRM

PRODUTO A PREÇOS DE MERCADO E PRODUTO A CUSTO DE FACTORES

• Todas as unidades económicas obtêm anualmente como resultado da sua actividade – VAB.

• O Estado concede subsídios às empresas de modo a puderem vender os produtos mais baratos – Subsídios à Exploração e subsídios à importação.

• O Estado, por outro lado, aplica impostos indirectos: IVA e Impostos Alfandegários.

NOTA: embora estejam referidos os subsídios à importação e os impostos aduaneiros, consideraremos apenas nas aulas o subsídio à exploração e os impostos indirectos.

PRODUTO A CUSTO DE FACTORES
Cálculo do produto sob o ponto de vista da produção, antes da intervenção do Estado.
Estão incluídos os subsídios, mas não estão deduzidos os impostos.

PRODUTO A PREÇOS DE MERCADO

Cálculo do produto sob o ponto de vista da venda, ou seja, após a intervenção do Estado, já com os impostos indirectos adicionados e deduzidos os subsídios.

Por exemplo, ao comprar medicamentos, o utente paga um valor inferior ao preço de custo, ou seja, ao preço de mercado, porque são subsidiados.
Por outro lado, qualquer bem é vendido com o IVA incluído, logo mais caro que o seu custo de produção.

Ppm = Pcf + Impostos indirectos – Subsídios à Exploração.

Pcf = Ppm - Impostos indirectos –+Subsídios à Exploração



PRODUTO A PREÇOS CORRENTES E PRODUTO A PREÇOS CONSTANTES

PREÇOS CORRENTES
Os bens são valorizados ao preço praticado num dado ano.

PREÇOS CONSTANTES
Os bens são valorizados aos preços de um dado ano – ano base.

“Os preços constantes resultam da deflação ou valorização dos preços de um ano relativamente ao ano base”

IPC ano corrente/Ano base =

DEFLACIONAR VALORES: determinar o valor a preços de um determinado base.

Exemplo: Em 2005 o PIB do país A foi 5100um e em 2006 foi 4000um. Determine o PIB de 2006 a preços de 2005, considerando IPC06/05 = 102.

PIB 2006 a preços de 2005:
102= 5100/PIB 06 pr 05 x 100 = 5000 u.m.

Conclusão o PIB de 2006, a preços de 2005 foi 5000um, o que significa que houve crescimento em termos reais e não só em termos monetários.

Podemos calcular a taxa de crescimento em termos monetários, isto é, calculada a preços correntes: 5100-4000/4000 x 100 = 27,5%

E também podemos calcular a taxa de crescimento em termos reais, (em quantidade ou em volume) isto é, os cálculos são efectuados a preços do mesmo ano (neste caso pr 2006): 5000-4000/4000 x 100 = 25%

Conclusão: a taxa de crescimento calculada a preços correntes dá-nos uma informação sobre o crecimento da produção, mas não se pode saber se o crescimento é em termos monetários ou em quantidade.
Se, no cálculo da taxa de crescimento a produção for valorizada a preços de um dado ano, então, o valor obtido mostra-nos a variação em quantidade (visto que o preço dos bens é o mesmo).


PRODUÇÃO e PRODUTO

A noção de valor acrescentado é portanto uma noção fundamental para a economia, podendo ser postos em evidência três elementos:

• É preciso não confundir PRODUÇÃO e VALOR ACRESCENTADO de uma empresa ou VOLUME DE NEGÓCIOS E VALOR ACRECENTADO de uma empresa, pois, por exemplo, uma empresa comercial tem um volume de negócios elevado, mas um pequeno valor acrescentado.
• O VALOR ACRESCENTADO mede o contributo da empresa para a produção de uma economia.
• A soma dos valores acrescentados de todas as unidades de produção corresponde à nova riqueza criada na economia. Capul, J e Garnier, in Economia 11º ano Plátano Editora.

EXERCÍCIO 4CN

Considere os seguintes valores (em um) referentes a um país em 2005:
PIBpm 2005 = 25 000 Subsídios à Exploração = 2000 Impostos indirectos = 3000 SRRRM = - 2500
CCF = 1500

I - Determine:
1. PNBpm 5. PNBcf
2. PILpm 6. PILcf
3. PIBcf 7. PNLcf
4. PNLpm

II - Supondo que o PIBpm 2004 foi 22000um e o IPC05/04 = 105, calcule:

1. A taxa de crescimento do em termos monetários.
2. A taxa de crescimento em volume.

EXERCÍCIO 5CN

Suponha que a empresa X produz o bem Y. As quantidades produzidas, bem como o custo unitário variam de ano para ano :



1. Calcule o valor da produção, para cada ano, a preços correntes.
2. Calcule o valor da produção, para cada ano, a preços constantes de 2003.
3. Calcule os índices de preços com base em 2003.
4. Calcule, para cada ano, os índices de preços com base no ano anterior.
5. Indique o aumento de preço em cada ano.
6. Compare os valores obtidos a preços correntes com os valores obtidos a preços de 2003.

FICHA DA AULA

1. Dados referentes a uma empresa produtora de lápis (em um):

A – Ordenados pagos: 1000 B – Compra de matérias primas: 500
C – Lucros distribuídos: 150 D – Amortizações: 50
E – Energia consumida: 20 F – Impostos directos pagos pela empresa: 100

Assinale as alíneas que são contributos da empresa para cada grandeza indicada:

Dado que o PRODUTO É IGUAL AO SOMATÓRIO DOS VA e que
VA = Valor das Vendas – Valor dos Consumos Intermédios.

A – Os ordenados estão incluídos no VA da empresa, logo estão contidos no produto.
B – Matérias primas são consumos intermédios, logo não estão incluidas no produto.
C – Lucros são parte do VA, logo estão contidos no PRODUTO.
D – Se o cálculo do produto inclui as amortizações é Bruto, caso contrário, é líquido.
E – Energia consumida é matéria subsidiária, logo é consumo intermédio.
F – São também valor acrescentado, logo VA.



2.Uma empresa apresenta os seguintes valores:




Sem efectuar contas, indique:

A quantidade produzida em 2005.

Sem necessidade de cálculos, podemos concluir que, sendo o valor da produção de 05 a preços de 2004 o mesmo que o da produção de 2006 a preços de 04 (500), então é evidente que a quantidade é a mesma em ambos os anos.

Demonstração através das contas:Produção 06 a pr 04 = quantidade 06 x pr 04

500 = quantidade 05 a preços de 04 x pr04; quantidade 2005 = 100

A taxa de crescimento da produção em 2006 a preços de 2004.
Como não houve crescimento, a taxa de crescimento, neste caso sendo os cálculos a preços constantes, é zero.

IPC 2005/06
Espero que qualquer aluno de 12º ano consiga calcular de cabeça: